quinta-feira, 3 de março de 2011

Mano se rende a experiência

Confiante quando entrou na seleção, Mano Menezes chegou jurando que iria renovar, tarefa mal executada por Dunga. Chegou vencendo seus 3 primeiros confrontos com uma convocação repleta de novas caras. Mas perdeu para a Argentina e insistiu na mesma tecla perdendo novamente, dessa vez para a França. Nessa ultima Mano viu sua chapa esquentar, e começou a sofrer as primeiras pressões no cargo.

Agora Mano Menezes apela para a velha equipe que perdeu a copa e traz em sua convocação 10 jogadores que participaram da ultima copa, na África do Sul. Tudo para espantar qualquer chance de perder para a modesta seleção da Escócia. Ele precisa de uma equipe que consistente que lhe passe confiança e não apenas seja uma aposta. Por mais que ele queira parecer ranzinza e cabeça dura nas entrevistas, o Mano não é tão frio assim, ele vê a Seleção como uma oportunidade de crescer ainda mais na carreira e se tornar um icone, como Felipão. Outro interesse, o mais forte diga-se de passagem, é a possibilidade de ganhar muito dinheiro junto de seu fiel escudeiro e praticamente sócio Carlos Leite.

Em todas as escalações se vê de 4 a 5 atletas do empresário que o tecnico tem negócios. No Corinthians levou jogadores do Carlos Leite, uns péssimos, como Souza e Welington Saci, outros bons como André Santos e Elias. Se só tivesse jogadores ruins, ainda assim os levaria. Diego Souza quase chegou a ir pro Parque São Jorge, seria um sonho para o empresário, a torcida queria, Mano e Andrés lucrariam, então o negócio era certo. Porém tiveram as negociações encerradas quando Carlos Leite imaginou que sujaria a imagem de seu atleta se transferir para o maior rival do Palmeiras.

Enfim, Mano tem competência e é inteligente. Não é absoluto, volta e meia apela para os pratos que cospe. Agora ele tem que pensar na Copa America que acontecerá no meio do ano na Argentina. Será seu limiar, se vencer está na Copa de 2014, se for pífio sairá com mãos abanando e se perder indo bem, se garante apesar de toda a pressão que sofrerá. O tecnico tem que vencer o torneio para ter respaldo e fazer o que quiser na seleção, como convocar um perna de pau de seu empresário favorito. Resumindo, para seus negócios só a vitória interessa, e agora lhe resta esquecer qualquer tipo de planejamento e renovação e apenas mirar nos triunfos.

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